segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Concurso de Presépios 2023 - EB Constituição

 Com carinho e dedicação colocámos as mãos na obra...



Concurso de Presépios 2023 – n.º 17

Monte Pedral - A História de Natal do Avô

“Outrora era uma colina de granito, de onde nasceu, devagarinho, um casario humilde de gente trabalhadora do Porto, e outras, que foram chegando do Brasil.

As casas eram baixinhas, de portas e janelas de gosto requintado e com paredes decoradas a azulejos coloridos e geométricos das típicas fábricas de cerâmica do norte de Portugal. Nas ruas havia árvores e arbustos, gatos, cães, galinhas, pombas e gaivotas. Poucos eram os carros. Havia o elétrico.

Mas o que mais importava, na comunidade de Monte Pedral, eram as famílias, os lares, as pessoas: bairristas, espontâneas, alegres, descontraídas e afáveis.

Na tarde da véspera de Natal, o aroma da fogueira misturava-se com o da canela e o do vinho. Assava-se o chouriço e comia-se com pão, partilhando com os amigos e os vizinhos da praceta. Que bom que era! E que saudades desse tempo… uns chamavam os outros e juntos jogavam ou falavam das suas vidas e da vida alheia.

Não se trabalhava até muito tarde! Eram dias especiais. Ultimavam-se as tarefas domésticas, cuidava- -se da roupa lavada com sabão, ia-se ao fontanário buscar água para os dois dias e deixava-se correr o tempo, devagarinho, apesar da azáfama.

Nesse tempo, todos falavam alto das janelas e varandas das suas casas. E, muitas vezes, os homens pareciam maus, mas não eram. Era apenas o seu jeito de ser e de falar. As mulheres coradas colocavam a mão à cinta e gritavam palavras educadas pela rudeza da vida, mas bem-dispostas, sempre a sorrir, porque viver assim era mais fácil. As crianças corriam rua abaixo e rua acima e, sem perigos, empurravam carrinhos de lata, brincavam e sorriam, entravam e saiam de todas as casas e cantavam em troca de umas moedinhas ou doces caseiros. Eram felizes!

Ao cair da noite, à luz de um candeeiro a petróleo, comia-se o que havia na mesa, coisas diferentes e boas, comida melhorada, carne de porco e pão. E havia sempre lugar para mais um… Depois, todos se aqueciam junto à fogueira antes de se carregarem de xailes e mantas para descerem até à capela da Ramada Alta. Atrás de cada família, as portas fechavam-se sem chave. E ia-se à Missa do Galo, pelos caminhos de calçada, debaixo da noite fria de dezembro…

No regresso, de coração cheio, partilhavam-se palavras de Esperança e de Paz: Feliz Natal! Feliz Natal! A noite era a mais bonita do ano e as estrela iluminavam o caminho e alimentavam o sonho de uma prenda no sapatinho, que ficara na chaminé. No ar pairava o amor, muito amor!

Agora, tudo é diferente. Ou quase tudo… “

O NATAL continua a ser a Festa da Família. E ter uma FAMÍLIA de verdade, é ter AMOR.

Alunos da EB Constituição

Agrupamento de escolas Carolina Michaëlis



































Gostámos muuuuito de participar!!!!!

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